Um único desejo para o novo ano: ESPERANÇA!
Estreia amanhã, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, a mais recente produção do Veto Teatro Oficina - Bernardo Santareno, nos túneis da Liberdade. Tal como o título indica, é uma peça que retrata a vida de Bernardo Santareno, reconhecido como um dos maiores dramaturgos e escritores do século XX. Santarém, a sua terra natal, celebra este mês Novembro, o mês de Santareno. Ao longo destes 30 dias têm vindo a ser realizados diversos eventos dentro desta temática (conferências, debates, projecções de filmes e exposições). Inseridos neste contexto e a convite da Câmara Municipal de Santarém, o Veto Teatro Oficina, leva a cena uma peça original, sobre o percurso de António Martinho do Rosário, mais tarde, Bernardo Santareno.
A peça estreia amanhã, às 21h30 e estará em cena apenas 3 dias (23/11 (sexta-feira) às 21h30; 24/11(sábado) às 21h30; 25/11 (domingo) às 16h).
Para quem quiser matar a curiosidade, para quem não puder ir, para quem não quiser ir mas quer saber do que se trata, ficam aqui duas reportagens sobre a peça.
A todos os outros, sejam muito bem-vindos ao Teatro Sá da Bandeira!!!
As reportagens encontram-se no Mirante Online/ Mirante TV e em TvTejo.com (por falhas técnicas que me ultrapassam, não consegui colocar o link directo, as minhas desculpas)
The Scarlet Thing in you - Peter Murphy
Existem músicas que foram feitas para MIM! Esta é uma delas!
Obrigado Ricardo!!!
Imagem d'aqui
Mais ou menos 17 anos. Foi o tempo que passámos separadas. Nem sei como explicar isto... A felicidade que sinto é uma coisa complicada de transmitir em palavras.
Lembro-me que foi mais ou menos num dia assim como o de hoje, o nosso primeiro dia de escola. Acho que logo nesse dia nos sentámos ao lado uma da outra e nos quatro anos seguintes não havia mesmo mais nenhum lugar para nos sentarmos que não fosse assim. Cresci contigo, aprendi contigo e construí ao teu lado muito daquilo que sou hoje. Acima de tudo, foi ao teu lado que aprendi o que é uma amizade verdadeira e foi contigo que edifiquei algumas das melhores recordações da minha vida.
Mas essa mesma vida, encarregou-se de nos afastar durante cerca de 17 anos. E no fim de todo esse tempo, voltou a fazer de tudo para que nos encontrasse-mos novamente. E eis que esse momento aconteceu.
Tu estás de novo no meu mundo, perto de mim e eu...bem, eu tenho quase 17 anos da minha vida para te contar, outros tantos da tua para ouvir e mais uns quantos (muitos espero) para partilhar contigo!!!
[Para ti, Joana*]
A vida, que de obra de arte tem cada vez menos, leva-me para a Sala das Emoções, convida-me a escolher o lugar para me sentar e eu escolho, quase sempre, a poltrona da Descontracção, que de tão confortável que é, faz-me quase sempre esquecer que, na poltrona do lado se senta sempre o Acaso. Este por sua vez, reveste-se de padrões muito diversificados...mas ontem, vestiu o seu píor fato...o da Eternidade.
Poema de Nazareth Barbosa
in, De Xantarim a Santarém
Falas de civilização, e de não dever ser, ou de não dever ser assim. Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos, com as coisas humanas postas desta maneira, dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos. Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor. Escuto sem te ouvir. Para que te quereria eu ouvir? Ouvindo-te nada ficaria sabendo. Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo. Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres. Ai de ti e de todos que levam a vida a querer inventar a máquina de fazer felicidade!
Alberto Caeiro
Tortura
Tirar dentro do peito a Emoção,
A lúcida Verdade, o Sentimento
E ser, depois de vir do coração
Um punhado de cinza esparso ao vento!...
Sonhar um verso de alto pensamento
E puro como um ritmo de oração!
E ser, depois de vir do coração
O pó, o nada, o sonho dum momento...
São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que iludo os outros, com que minto!
Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!
Florbela Espanca