Wednesday, April 25, 2007

Música Obrigatória

Fica aqui uma das músicas que mais me ensinou a sentir e a entender o que foi ser português antes do dia 25 de Abril de 1974. O poema é de Manuel Alegre e foi cantado por Adriano Correia de Oliveira. Para mim, a mais linda música de Abril...
"Trovas do Vento que passa"
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoa
sai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

Pela Liberdade.

Por mim, por todas as pessoas que me rodeiam, pelos meus pais que viveram o momento e que me ensinaram e partilharam comigo e com o meu irmão todas as emoções boas e más que sentiram "naquela altura", pela guerra que viveram e atravessaram, pelos meus avós, que igualmente suportaram todos estes momentos, pelos meus sobrinhos, para que cresçam agora num país mais livre, pela liberdade de falar, de pensar, de escolher, pelas músicas que oiço, pelo teatro que faço, pelos filemes que vejo, pelo ensino, pela moda, pela publicidade, por coisas que nem imagino que possam ter acontecido e existido, pelo fim do medo de ser julgada e acusada por ser simplesmente eu, por todas as pessoas que viveram e atravessaram anos de repressão, de silêncio, de medos, por todos os que resistiram e, principalmente pela coragem do Capitão Salgueiro Maia e de todos os que acreditaram nele e com ele fizeram História, a história da liberdade do meu país... 25 de Abril, Sempre!



Sunday, April 01, 2007

A preparar...

Depois de uma semana doente, com obras em casa e trabalho até ao tecto, tenho ideia de que isto me vai cair do céu...

Boa Sorte!


Aos meus "Canitos" desejo que esta segunda-feira seja o começo de uma nova caminhada cheia de sucessos e sonhos realizados! E já sabem: pé direito, cabeça erguida e Boa Sorte! Beijos


Música Obrigatória

A música que sugiro é (mais) uma pérola na carreira dos U2...foi-me apresentada por um querido amigo, numa tarde solarenga de Lisboa, entre um café e uma visita guiada à Faculdade de Letras!!!
Fica a Letra e a sugestão óbvia da audição desta deliciosa melodia...


Mercy

I was drinking some wine... and it turned to blood
What's the use of religion... if you're any good
I know I'm weedkiller honey... and you're sugar
If you're the prosecution... I get away with murder
If you were ice... I'm water
And with your telescope... I can see further
We're binary code... a one and a zero
You wanted violins... and you got Nero
You're gravity... searching for the ground
You're silence... searching for a sound
Your heart is aching... your heart is my home
It's fascinating... I know I'll never be alone

I'm rippin' the stitches
You got two hands to rub
I'm in the ditches
Of someone else's love

Love is when I lie
Love puts the blue back in my eye
Love will come again
I'll be gone again... again

If you're hunger... baby let me feed it
If your heart is full... baby let me bleed it
And happiness is for... those who don't really need it
You love me... too much
You always loved me... too much

When I was rippin' the stitches
You got two fists to rub
I'm in the ditches
Of someone else's luck

Love is when I lie
Love puts the blue back in my eye
Love has come again
I am gone again

Love's got to be with a wink
Only then love gets a chance to speak
Love will come again
I'll be gone again... again

I... I can't escape myself
I hear you talk
Feeling nothing
I fear nothing
Feel....

I can hear so much
Fear nothing
I feel so much
Fear... nothing

Love has come again
I am gone again
Love is the end of history
The enemy of misery
Love has come again
I am gone again

Love is justice, a charity
Love brings with it a clarity
Love has come again
I'm alive again
Alive...

I am alive, baby I'm born again and again
And again, and again and again and again
Again

Diona: Acho que nunca te agradeci por me teres mostrado esta música...Obrigado! E obrigado também pelas músicas que tocas, pela qualidade e rigor do teu trabalho! Pelo teu talento único e claro, pela tua amizade *!!!