Friday, May 28, 2010

Sim, estamos juntos nisto

Foto de Jib Peter

Algumas pessoas têm a fascinante capacidade de controlar emoções, de se envolverem de forma doseada e racional. De pensarem primeiro e de imediato em si e só depois olham bem para o fundo de si próprias para verem se lá está mais alguém que faz parte delas... nada contra isto. Apenas não sei ser assim. Às vezes bem gostava e bem jeito me dava ser assim. Mas não sou. Eu sou daquelas pessoas que se atira de cabeça, que mergulha fundo nas relações com pessoas em que sente que pode confiar. Basta haver uma quimica e eu partilho-me logo... E não sou eu por completo sem essas pessoas na minha existência.

Ontem falávamos da nossa vida. Dos nosso problemas, das nossas alegrias, dos medos, de quem somos, de como somos, do que tememos e do que sonhamos.
Gostava que soubesses de como é importante para mim a confiança e a partilha. Momentos como o de ontem é o que me faz andar para a frente, de cabeça erguida e com o peito cheio de paz e certeza!


Não tive uma vida particularmente dramática mas já tive os meus momentos de angústia. E não foram nada fáceis. No entanto superei todos esses momentos menos bons por uma única e simples razão - sempre me senti amada e sempre soube que as pessoas que amo estão comigo para o que der e vier. E quando eu tenho esta certeza eu enfrento o que tiver de ser. Nunca te esqueças disto, enquanto eu souber e acreditar que tu gostas de mim como eu gosto de ti, eu estarei sempre ao teu lado para atravessar o que tiver de ser atravessado.


Ontem, acreditei em nós, acreditei na nossa equipa.

Se calhar sou uma romântica sem cura, sou imatura, ingénua, o que quiserem chamar. Eu chamo-me de verdadeira. O que levo desta vida é a minha consciência e as emoções que vivi. E eu quero sempre vivê-las da melhor maneira!


Thursday, May 27, 2010

Oh tempo, não voltes atrás...

Foto de Osmahan Özkhan



As músicas fazem-me sempre viajar. Sejam viagens ao passado, seja viajar em sonhos futuros… hoje viajei até aos primeiros anos de faculdade e em um segundo fiz um balanço dos anos que passaram até aos dias de hoje… (Devo estar mesmo a ficar velha para me por a escrever sobre estas coisas).
Seja como for, estes balanços são saudáveis. Em poucos minutos respirei fundo e de alívio porque conclui que embora tenha aberto muitas portas erradas ao longo destes anos duma coisa me posso orgulhar – fui sempre própria, genuína, eu mesma. As pessoas erradas com me cruzei foram apenas lições para aprender a dosear-me melhor na maneira de me dar aos outros porque sempre insisti em me atirar de cabeça e ter uma boca demasiado pequena para um coração demasiado espaçoso… ainda assim há erros que insisto em repetir (sou definitivamente ingénua, ou mesmo só parva, vá!).
Mas gosto de olhar para trás, para este passado recente e relembrar episódios únicos (bons e maus) que fizeram de mim muito do que sou agora.
Quase 10 anos depois, sou mais completa e mais enriquecida por me ter cruzado com pessoas fantásticas pela sua estupidez e pessoas surreais pela sua capacidade de amar e de sorrir. Sou mais eu pelos tropeções que dei em pessoas erradas e pelos abraços que recebi de amizades únicas!

Uma coisa é certa: se voltasse agora 10 atrás teria feito tudo outra vez. teria dado os mesmos erros, acreditado de forma incondicional nas mesmas pessoas, ter-me-ia dado por inteiro às mesmas emoções, porque tudo o que fiz, como disse, foi sempre de forma verdadeira.
E é por isso que tento não perder o encanto pelas pessoas, pelas estórias, pelo quotidiano e fazer da minha vida uma busca constante para escrever da melhor forma as páginas do livro da minha história!