Wednesday, October 29, 2008

Uma semana no paraíso

Avião, comboio, chegada. Primeira (e única) experiência falhada: Mcdonald’s às 22h porque a fome era mais que muita.Conversa em dia quase 15 anos depois… Dois copos de ginginha, um Duomo ao fundo iluminado e a gritar “venham até cá!”. Dormir. Acordar e ter o melhor Capuccino ao pequeno-almoço. Milão de manhã, à tarde e à noite. A luz, as ruas, as lojas, o Duomo, as Galerias, o Cemitério, as Praças, o Scala, o fabuloso almoço perto do trabalho da R. (que fabulosa pasta e que magnífica tarte de maçã!!!!!!). Mais passeio. Jantar a 4 em casa (o A. É um magnífico cozinheiro). Passeio à noite pelos canais, gelados e imperiais e mais conversa em dia!!!
Acordar cedo para apanhar 57 mil transportes. 7h da manhã e falta o ar pela imensa Estação Central, digna de uma catedral! Comboio para Veneza e repõe-se o sono. Chegada e entrada num conto de fadas. A neblina que teimava em rodear os canais e torná-los ainda mais encantados e o sol que brilhava timidamente tornando cada esquina num brilho de pérolas…Regresso a Milão e um jantar de pizzas…verdadeiras!!!
Manhã de descanso (se é que isso é possível em Milão) e tarde de mais encanto à beira do lago! Jantar a 4, conversa pela noite dentro…Acordar cedo, muito cedo. Comboio para Florença. Chegada à cidade do museu ao ar livre. Cada rua, cada prédio, cada esquina…arte ao segundo, a mil à hora, não há olhar que aguente. Almoçar boa pasta e bom vinho, correr os mercados, voltar atrás a correr para comprar chapéus para festa e ir de novo a correr para o comboio. Dormir no comboio porque às 18h30 o dia ainda ía a meio. Chegada a Milão e mais um fabuloso jantar a 4!!! Preparar para festa: Chapéu de bruxa, cabeleira azul, cartola dourada e chapéu cubano…Dançar e dançar muito! E muito Rum com cola e mais um brinde a nós e está a dar Morrisey!!! E vamos embora que com isto há 24h que não vou à cama…Voltar a acordar cedo para despedir de Milão. Mais um último Capuccino no sítio do costume para o pequeno-almoço, um regresso às ruas que estão sempre na moda e mais uma tentativa de absorver toda aquela intensidade de vida!!!
Avião. Chegada. Saudades (existe esta palavra em italiano?). Mas sente-se, né?
Contar Itália, aquilo que se vive lá, com amigos e em apenas uma semana…não dá. Sente-se e vive-se. Mas fica aqui a partilha e sobretudo fica também o Obrigado a eles, que sabem quem são!




Thursday, October 23, 2008

Dolce Fare* Niente...

Fui. E tenho andado por aqui:




Quando voltar conto o resto...

*mandaram-me colocar um "e" no final...

Friday, October 17, 2008

Resumo

Foto d'aqui

Ontem:
I. - Então, já tens tudo pronto e planeado?
Eu - O quê?
I. - As Férias?? O percurso, as malas...
Eu - (em choque) Não tenho tempo...


Wednesday, October 15, 2008

Remember


Pois que fomos, aqui há tempos, ouvir faduncho, bem regado e bem comido! E aqui fica registado o nosso brinde ao "Tomané"!!!

Monday, October 13, 2008

Boa Nova

"Freedom has a scent


Like the top of a new born baby’s head"*



Parabéns João! Haja notícias destas para dar um novo e fresco perfume de alegria à Vida. Obrigada por teres partilhado a notícia e que toda a sorte e saúde esteja com vocês!!!
*Miracle Drug - U2

Homens que me compreendem melhor que eu própria - Parte VII ou O Medo Maior

Corri o mundo à procura deste poema que escutei, uma vez, há 10 anos atrás e foi um dos momentos com mais sentido, se é que isso existe, que escutei na vida. Finalmente encontrei-o, finalmente o partilho.



Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs,
convocaríamos os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer:
"Fulano de tal comunica a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos escuros, olhos de lua de cerimónia, viríamos todos assistir a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento, numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... ) a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se em fumo...
tão leve... tão subtil... tão pólen... como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de Outono ainda tocada por um vento de lábios azuis...
José Gomes Ferreira

O sítio do costume

[Nada] fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, imaginei.
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei.
"O meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós".Sei lá eu o que queres dizer...
Despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir
Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender
Talvez por não saber falar de cor, imaginei...
Triste é o virar de costas o último adeus, sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou...
E se ao menos tudo fosse igual a ti...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, ja não sei se sei o que é sentir.
Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender...
É o amor, que chega ao fim, um final assim assim é mais fácil de entender...


Fácil de entender - The Gift



Foto d'aqui




Perdoem-me os The Gift e respectivos fans, mas é banda que por mais que tente, não encaixa no meu gosto. Mas, de vez em quando, têm momentos felizes como este poema.

Friday, October 10, 2008

Programação

"As Danças da Dança"


Dia 11 de Outubro (Sábado), às 15h00, a Biblioteca Municipal Braamcamp Freire, acolhe a iniciativa Conversas Tardias "Danças da Dança", que conta com a presença de representantes da Academia e Dança Scalabis (danças de salão), do Departamento de Dança do Círculo Cultural Scalabitano (classe de Ballet) e do Grupo Académico de Danças Ribatejanas.No âmbito do tema mensal "A diversão no início do século". a Biblioteca promove assim, mais um encontro, onde se debate, desta vez, a oferta, as diferenças, as oportunidades e os meios da Dança, na cidade de Santarém. Venham assistir!



Thursday, October 09, 2008

Do que cai pelos olhos e não me sai pela boca porque está preso na garganta

Sou supersticiosa. Não tenho medo de gatos pretos, não tenho azar nos dias 13. Não tenho problemas em partir espelhos nem em passar de baixo de escadas. Mas quando o meu coração dispara por certos arrepios que lhe passam isso significa sempre que vai dar merda. E geralmente, quem sai mal sou eu.
O meu coração sempre foi o meu mais fiel companheiro. Quando ele diz que é assim, bem posso eu virar o mundo às avessas, que nada muda. Ele não me engana. Isso é certo. E bem vistas as coisas até tem o seu encanto, porque quando ainda a maioria das coisas não se apresentaram à realidade, já o meu coração me tinha avisado, ou seja, eu já sabia. Sempre foi assim, desde que me lembro de existir. Deve ser por isso que eu sempre levei a vida demasiado a sério. Não devia. Devia libertar-me mais, viver mais…
Devia saber lidar melhor com as emoções, com os nervos, com os ciúmes, com os amores, com as amizades. Mas quando o meu coração grita, não há nada a fazer.
Devia explodir mais vezes, ralhar mais vezes, ser intolerante mais vezes. Porque o mundo inteiro pode ser assim comigo, mas quando eu dou uma pausa ao meu coração e o deixo sangrar e chorar cá para fora, o mundo inteiro rebenta em cima da minha alma.
As minhas superstições são apenas receios e anseios que vêm de dentro de mim. Não é nada de mais concreto do que um simples arrepio… Coisas minhas, da minha maneira de ser, se calhar. Nem sei explicar. Sei apenas que é assim.
Apesar de tudo, insisto em dar mais voz à razão, dar-lhe mais tempo de antena na minha vida. Quando quem mais me acompanha é o meu coração. Ele sim não me engana, ele sim me diz como as coisas são, de verdade. E eu insisto e sou LITERALMENTE forçada em dar apenas ouvidos à razão. Não vá o mundo em que estou metida desabar. Mesmo sabendo que a razão (essa puta falsa e traidora) apenas me faz viver num mundo de ilusão, de fachada. A mim e a todos que teimam em que se prevaleça nessa realidade moralista que a razão tanto preza. Ou lhe dou ouvidos, ou dou em doida…porque não há quem entenda as minhas superstições.

Sunday, October 05, 2008

Música Obrigatória*

*ou, sem razão especial lembrei-me desta música ontem e de como em qualquer altura esta música sempre faz sentido...



Eu quero casar contigo amanhã
Abre os olhos vem comigo, diz: Parar
Vamos gastar muita saliva
Mergulhar e ver-te flutuar
Eu quero ver-te a afundar
Para depois te salvar
Eu quero lutar contigo devagar
Dá-me os braços vem comigo expirar
Vamos selar com a nossa saliva
Pensar que fosses tu também amiga








E vou usar a tua saliva
Poupá-la da má língua da intriga
Eu quero ver-te a afundar
e vou tentar-te salvar
Vamos gastar muita saliva
Lamber as feridas e limpar o mundo
Quero levar-te a vida
Mergulhar e ver-te ir ao fundo
Vamos gastar muita saliva
Orgulhar-me de ser teu fiel defunto
Quero usar saliva
Selar a carta e mudar de assunto
Ficar a ver-te fumar para depois te apagar

Saliva - GNR

Pictures by Alina Lebedeva e J. Prôa

Friday, October 03, 2008

Há dias assim

Foto de Estella Mestella

E que sejam só dias, porque isto, ultimamente, mais parecem décadas... Dias em que só me apetece gritar, puxar os cabelos, fugir, um sem fim de revoltas. Dias em que sinto que só faço merda, que ponhos os pés pelas mãos, que a minha vida está toda virada do avesso, que não só capaz de realizar nada com jeito, de fazer alguém feliz, de me sentir feliz...Deve ser só cansaço, deve ser só isso...e mais uma vez, a frase de sempre: isto há-de passar

Explicações

Aqui a leiga-no-assunto-do-lado-de-cá, finalmente, ao fim de três anos de blogosfera, descobriu como colocar, correctamente, música na tasca. Ora bem, os poucos e raros leitores da coisa, lembram-se que em tempos coloquei aqui uma rádio, e que tenho um problema sério com música, e que até tenho uma rúbrica mais ou menos consatante que é "Música Obrigatória", mas não havia meio de ficar satisfeita com isto. E porquê? Ora bem, no caso da rádio foi porque, apesar da selecção musical ter sido feita por mim, aquilo não funcionava bem. Os posts do amigo Youtube que vou colocando, nem sempre se ouvem (só quem clica naquilo) e na grande maioria dos meus post há uma música associada, ou qualquer música da minha mais privada selecção se associa a cada um deles. E pronto, finalmente encontrei uma cena (site, ou sei lá o que é isto) que permite ter as minhas músicas, aquelas que em qualquer altura se adequam a este espaço, pela ordem que eu quero, e a malta que não quer ouvir, simplesmente desliga. Pronto, isto da música e eu, eu e a música é um problema mais que sério...

Wednesday, October 01, 2008

Homens que me compreendem melhor que própria - Parte VI


fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas:
fingir que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes:
na rua onde os nossos olhares se encontram é noite:
as pessoas não imaginam: são tão ridículas as pessoas,
tão desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam:
nós olhamo-nos: fingir que está tudo bem:
o sangue a ferver sob a pele igual aos dias antes de tudo,
tempestades de medo nos lábios a sorrir:
será que vou morrer?, pergunto dentro de mim:
será que vou morrer?, olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte:
fingir que está tudo bem: ter de sorrir:
um oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.

José Luis Peixoto

Contagem decrescente

Pois é senhores ouvintes! E eis que chega Outubro. E como quem espera sempre alcança, cá estou eu a entrar na minha contagem decrescente para as tão sonhadas e merecidas férias ao fim de sei lá quanto tempo...
Faltam precisamente 19 dias para ter a minha pausa (que até tem direito a uma viagenzinha e tudo e tudo e tudo!!!!!!!!!!!)
Vou colocar religiosamente, na barra lateral de informações o passar dos dias até chegar o momento de gritar bem alto: Au Revoir!!!! FUI