Friday, November 28, 2008

"Será a sede de amor uma doença grave?"*

Foto by Lilya Corneli


"As pessoas que me lêem comovem-me: fiz um livro diferente para cada uma delas, com palavras diferentes, do mesmo jeito que um alfaiate trabalha por medida, porque a vida de cada um é única, nunca existiu ninguém antes. As experiências podem ser parecidas, a maneira de vivê-las diversa: somos mundos sem fim." *

*Crónica ao espelho
António Lobo Antunes

Monday, November 24, 2008

1 ano




Foi há um ano. E durante esse mesmo ano levámos a palavra de Bernardo Santareno até onde nos deixaram e onde nos quiseram ouvir e ver! Parabéns ao Veto. Obrigada aos que partilharam o palco, os nervos, as alegrias, o frio, o cansaço e todas as emoções que nos levam a fazer disto a nossa segunda casa, a nossa outra família!

Paixões



Queria tanto, amor

Bailar em ti derramado

Por cima do pobre fado, das nossas vidas pesadas

Aquela dança perfume

Sem corpo, sem voz,

Só lume



Bernardo Santareno

Sunday, November 23, 2008

O poder das palavras.



Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas estradas
onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar
mas sem pensar se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado
Ruy Belo

Thursday, November 20, 2008

14h03


Que falta fazia esta tecla para certas coisas na nossa vida...

Superstições

"Reza-te a sina nas linhas traçadas na palma da mão, que duas vidas se encontram cruzadas no teu coração. Sinal de amargura, de dor e tortura, de esperança perdida, destino marcado de amor destroçado na linha da vida.
E mais se reza na linha do amor que terá de sofrer. O desencanto ou leve dispor de uma outra mulher. Já que a má sorte assim quis, a tua sina te diz...
Que até morrer, terás de ser, sempre infeliz.
Não podes fugir, ao negro fado mortal, ao teu destino fatal, que uma má estrela domina.
Tu podes mentir às leis do teu coração, mas quer queiras quer não,
Tens de cumprir a tua sina."


Fado a Sina
Amadeu do Vale e Jaime Mendes



Já aqui referi que sou supersticiosa. E que as minhas superstições não são as mais comuns e tradicionais. São apenas medos meus, coisas minhas. Aqui está um belo exemplo. Pediram-me para cantar esta música para um próximo trabalho e eu senti que não devia, que ía dar merda... é assim como uma espécie de palavra "Macbeth" para os actores, ou Caixa de Pandora, que nunca deveria ter sido aberta...

Friday, November 14, 2008

Porque sim.



Tenho a cómoda cheia de gavetas a transbordar de bons momentos e boas emoções, completa de razões, sólidas, concretas e possíveis. E mesmo assim, teimo em deixar aberta a gaveta do que me magoa, do que não me é permitido, do que não consigo alcançar. Não sei se será apenas teimosia ou se será determinação em querer lutar, em querer conquistar. Porque na vida não deve haver impossíveis, não é assim? Nesta vida não deve haver desistências, porque para tudo isso já chega termos de caminhar com a consciência da perda e do fim. E já que isso existe mesmo, então que se mantenham abertas as gavetas das batalhas árduas. Mesmo que não se conquiste, mesmo que não se chegue ao fim, mesmo que mais ninguém nos entenda e se magoe por não nos fazermos entender, mesmo assim, há lutas que vale a pena travar…







Imagens de Adelle

Thursday, November 13, 2008

Sala cheia de nada, vazia de tudo


Cada um de nós deveria ter, por direito, uma área reservada de esquecimento, de reformulação. Como uma sala secreta. Onde cada um poderia entrar as vezes que entendesse, ao longo da existência, para poder recuperar-se, restabelecer-se. Seria, por exemplo, uma Sala Branca, feita de ausência, de nada. E ao entrarmos nela, seria como uma dose extra de oxigénio existencial, que levaríamos, de forma a apagar, momentaneamente, sensações como a dor, o medo, a dúvida, a angústia, a ansiedade… Quando achássemos que estaríamos restabelecidos, regressaríamos calmamente à existência corrente.
Seria como um refresh, uma pausa…de forma a recuperar equilíbrio, a reencontrar raciocínios, a manter níveis de sanidade mental. Onde cada um poderia saber um pouco mais de si, conhecer-se um pouco mais, de forma a poder ser mais e melhor para consigo, mas fundamentalmente, para com os outros… E sobretudo, e já que não há manual de instruções, para poder suportar melhor essa caminhada incessante que é a (individual) existência humana.



Tuesday, November 11, 2008

Medoooo...Não. Muito meddooooo

...Um dueto da Popota com o Toni Carreira?!? Socorro, é só o que me ocorre!!!

...e por falar em medo, ontem lembrei-me e percebi porque é que nunca tinha ido à feira da Golegã...

Tuesday, November 04, 2008

Pormenores...

Vocês sabem lá a saudade de alguém que está perto é mais, é pior do que a sede que dá no deserto
é chama que a vida ateia sem dó na alma da gente, ao sentir que vive só...
Vocês sabem lá que tormento é viver sem esperança e ter coração
coração que não dorme nem cansa
Não há maior dor nem viver mais cruel que sentir o amargo do fel em vez de mel,
vocês sabem lá...


Letra Jerónimo Bragança; Música Nóbrega e Sousa


Foto d'aqui