This is life...
Música para levantar a cabeça, reaver a força e seguir, seguir para um qualquer lado que não este!
Tuesday, September 30, 2008
Música Obrigatória
Come back
Voltei. Porque tinha saudades, porque senti a falta, porque não sei resistir, porque é mais forte que eu. Voltei porque assim tinha de ser. Voltei porque da lama hão-de nascer raios de luz, porque o Outono há-de trazer o sol dourado e cheiro da terra molhada é sempre sinal de esperança. Voltei porque a vida é feita de voltas e as voltas que dou são para me tornar mais eu. Voltei porque não sei estar mais sem ser assim, a ser eu, a libertar-me. Voltei, porque acaba-se sempre por voltar ao que nos faz felizes. Voltei porque a minha vida tem de começar outra vez e eu preciso de renascer... outra vez.
Tuesday, September 16, 2008
Fechado para obras, para balanço, para qualquer coisa...
Sunday, September 14, 2008
Música Obrigatória
Picture by Michael G. Magin
*Letra Alberto Lopes/ Música João Gil (Trovante), muito embora se recomende a versão dos extintos Resistência
Saturday, September 13, 2008
Tenho medo...
Monday, September 08, 2008
Friday, September 05, 2008
Which one you are?
Os que escolhem levam uma vida de lutas interiores, são constantemente surpreendidos por encruzilhadas, desafios que a Vida apresenta em que o lema é pegar ou largar, ou tipo, é agora ou nunca. Levam as suas existências num desgaste emocional tremendo, mas pelo menos têm a recompensa de ter saboreado a vida com uma intensidade única.
Os que nada fazem por isso são aqueles para quem a Vida simplesmente atira as oportunidades de mão beijada, põe-lhes as hipóteses já escolhidas e preparadas no colo, sendo que eles apenas têm de vivê-las…não é necessariamente mau fazer parte deste segundo grupo. A Vida dá muito menos trabalho assim.
Mas também, quem disse que o que é fácil tem mais piada?
Apesar de tudo, não se escolhe o lado em que se nasce, o grupo a que se pertence. É-se assim e pronto…nada, ou muito pouco pode mudar essa condição.
Eu, inevitavelmente, caí [de nascença] na tribo dos que escolhem, dos que têm de escolher, optar, decidir, de uma forma constante e quantas vezes (demasiadas) de forma implacável e dolorosa. A vida nunca me deu nada por “dá cá aquela palha”. Mas por outro lado, tudo o que tenho conquistado, mesmo que na maioria das vezes sejam castelos de areia, no primário momento da conquista tem sempre um sabor especial da vitória!
Thursday, September 04, 2008
Homens que me compreendem melhor que eu mesma - Parte V
Foto d'aqui
Pergunta-me
se ainda és o meu fogo
se acendes ainda
o minuto de cinza
se despertas
a ave magoada
que se queda
na árvore do meu sangue
Pergunta-me
se o vento não traz nada
se o vento tudo arrasta
se na quietude do lago
repousaram a fúria
e o tropel de mil cavalos
Pergunta-me
se te voltei a encontrar
de todas as vezes que me detive
junto das pontes enevoadas
e se eras tu
quem eu via
na infinita dispersão do meu ser
se eras tu
que reunias pedaços do meu poema
reconstruindo
a folha rasgada
na minha mão descrente
Qualquer coisa
pergunta-me qualquer coisa
uma tolice
um mistério indecifrável
simplesmente
para que eu saiba
que queres ainda saber
para que mesmo sem te responder
saibas o que te quero dizer
[Mia Couto]
Fada do Lar!
Sequelas
Hoje, apercebi-me que as sequelas de um passado assim ainda permanecem em todo o lado. Não é nada que eu não soubesse, pois o atraso cultural, social e político do meu país deve-se a esses 40 e tal anos de pura repressão e ditadura em que vivemos e que, se olharmos com os olhos da consciência social, percebemos que esses tempos foram ontem e que ainda estão demasiado perto para que haja uma recuperação total da sociedade. Daí que ainda estejam a vir à tona os escandalosos e gravíssimos problemas de traumas de guerra. Sim, porque caso não saibam, a guerra colonial portuguesa ainda hoje é considerada um dos mais sangrentos palcos de guerra da história, mas isto se calhar não interessa, não é? Porque quando se fala de trauma de guerra, a malta (os-jovens-radicais-fashion-universitários-cosmopolitas e todos os restantes alienados) esquece-se que estes senhores, quando estavam com a idade deles, em vez de gastarem as mesadas (que não tinham, porque não havia) nas noitadas no Lux e no Tamariz e nos carros e nos vodkas com limão e nas imperiais, andavam de metralhadoras na mão, num país que nem sequer conheciam, a matar pessoas, sem saberem muito bem porquê. E enquanto isso, as namoradas e amigas que cá ficavam, em vez de gastarem o tempo (que não tinham porque trabalhavam) a passear nas Zaras e nas Berskas, a pavonearem-se nos Chiados e nas Avenidas, ficavam em casa a ajudar nas lides domésticas, a fazer os enxovais para um casamento com um noivo que muitas vezes regressava “numa caixa de pinho”, ou a trabalhar para ajudar nos sustentos de famílias que não tinham que chegasse para comprar pão (porque bifes, era uma vez sem exemplo, talvez no Natal). E continuam a vir também à tona, todas as sequelas de uma juventude que cresceu assim, sem música, sem coca-cola, sem televisão, sem expressão própria, com medo, com angústia, com receio. Mas que nunca perdeu a esperança e por isso continua cá. E deixam raízes. E projectam nos filhos, a esperança de um futuro que eles não tiveram mas que o sonharam.
Não tenho partido político, mas tenho opinião política (que aliás, defendo que é coisa que não se obtém aos 18 anos, mas sim um pouco mais tarde, mas enfim…). Não me identifico com nenhum partido em especial, mas sei aqueles com que não me identifico, de todo. Cresci num país que me deixou estudar, ouvir as músicas que gosto, vestir a roupa que quero, criar as minhas modas, defender as minhas filosofias, fazer teatro num grupo que orgulhosamente se intitula Veto, gritar em manifestações contra invasões militares contra outros países e poder estar na rua até depois das meia-noite com mais de 3 amigos sem ser acusada de conspiração, sair do país em viagem sem ter de pedir autorização ao companheiro, fumar na rua, ter isqueiro, tirar a carta de condução, votar, escrever estes textos na internet. Enfim, posso fazer tudo isto e sei dar o devido valor a tudo isto. E esta minha consciência devo-o a muitos heróis da geração de 70, mas devo-o ainda mais aos dois maiores heróis dessa geração que são o meu pai e a minha mãe. Que sobreviveram a uma adolescência de privações, para hoje me poderem dar toda esta responsabilidade histórica e social de saber dar valor à vida que tenho.
Não sou tolerante com o fascismo e tenho orgulho nisso!
Mãe:
Não te preocupes. Vou cantar ao Avante, sim. Mas não vou lá pelo Avante nem pelo que ele representa. Não é a festa em si que me faz ir lá. É a música, e tu sabes disso. E não te preocupes que o país que me deixaste não me vai prender por isso! Obrigada pela tua luta!
Tuesday, September 02, 2008
Relatório
[e já agora, não me lembro de onde roubei a imagem, portanto, se for caso disso, processem-me! Já estou por tudo!]